O
“64 revival” patrocinado
por Bolsonaro dá bem a idiossincrasia em que o
Brasil entrará em 2019. De um lado os já conhecidos “salvadores
da pátria”, na verdade militares que eram aspirantes na década de
sessenta e setenta e portanto ainda contaminados com a doutrina da
Segurança Nacional, que tanto mal fez nas décadas passadas,
travestida que é em modelo republicano mas que na verdade é somente
invencionice americana dos idos da guerra fria.O imediatismo militar
de resolução de situações na base da criação de entidades para
enfrentar problemas pontuais gerou o enorme estado-monstro que temos
agora, com instituições, bancos, fundações , estatais, autarquias
que geraram, além
de uma maquina estatal gigantesca, uma classe média indolente e alienada, totalmente
vinculada a essa mesma máquina. Em
sua, somos um estado rico, seus funcionários estão todos bem,
enquanto ao povo só resta o coturno da PM no pescoço. É certo que
os ultimos anos a máquina foi usada de modo a ser sumariamente
roubada até o ultimo tostão, o que demonstra a facilidade que o
gigantismo traz à corrupção.Se bolsonaro acha que conseguirá
agarrar esse enorme touro pelos chifres está totalmente
equivocado.Não há
ser humano no mundo que saiba o tamanho do estado brasileiro nos três
niveis (estadual, municipal e federal) nos outros três
níveis (judiciário, legislativo e executivo). O momento seria o de
uma trégua
social, mas a classe média egoísta não vai querer largar seus
gordos e exagerados salarios públicos, suas aposentadorias e seus
privilégios.Ao povo, como sempre , o pior, agora sem a Imprensa para
denunciar ou investigar e com as redes sociais mais preocupadas com
mexericos sexuais
e fotos de nadegas gigantescas do que os verdadeiros problemas
pátrios. Dependendo do ângulo de visão, para o crápula (sim,
crápula ) que recebe de um estado miserável e banguela salário
“para ficar rico” de 10,000 dolares mensais seria um péssimo
negócio a mudança ou a perda de privilegios e cargos. Essa
classe média ridícula, egoista e alienada não permite escolas
decentes, assistência medica de alguma qualidade ou segurança
publica que não seja de achaque ao povo. Assim, não adianta nomear
militares da reserva ou da ativa, figuras ainda derivadas da
“revolução de 64” , pois o país é outro, enorme, indolente ,
pantagruélico e moralmente enfermo.O primeiro mês de governo já
mostrará o duelo inicial no choque entre os dois mundos, um
pretérito e o outro de futuro incerto.
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