quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

O 64`s REVIVAL DE BOLSONARO







O “64 revival” patrocinado por Bolsonaro dá bem a idiossincrasia em que o Brasil entrará em 2019. De um lado os já conhecidos “salvadores da pátria”, na verdade militares que eram aspirantes na década de sessenta e setenta e portanto ainda contaminados com a doutrina da Segurança Nacional, que tanto mal fez nas décadas passadas, travestida que é em modelo republicano mas que na verdade é somente invencionice americana dos idos da guerra fria.O imediatismo militar de resolução de situações na base da criação de entidades para enfrentar problemas pontuais gerou o enorme estado-monstro que temos agora, com instituições, bancos, fundações , estatais, autarquias que geraram, além de uma maquina estatal gigantesca, uma classe média indolente e alienada, totalmente vinculada a essa mesma máquina. Em sua, somos um estado rico, seus funcionários estão todos bem, enquanto ao povo só resta o coturno da PM no pescoço. É certo que os ultimos anos a máquina foi usada de modo a ser sumariamente roubada até o ultimo tostão, o que demonstra a facilidade que o gigantismo traz à corrupção.Se bolsonaro acha que conseguirá agarrar esse enorme touro pelos chifres está totalmente equivocado.Não há ser humano no mundo que saiba o tamanho do estado brasileiro nos três niveis (estadual, municipal e federal) nos outros três níveis (judiciário, legislativo e executivo). O momento seria o de uma trégua social, mas a classe média egoísta não vai querer largar seus gordos e exagerados salarios públicos, suas aposentadorias e seus privilégios.Ao povo, como sempre , o pior, agora sem a Imprensa para denunciar ou investigar e com as redes sociais mais preocupadas com mexericos sexuais e fotos de nadegas gigantescas do que os verdadeiros problemas pátrios. Dependendo do ângulo de visão, para o crápula (sim, crápula ) que recebe de um estado miserável e banguela salário “para ficar rico” de 10,000 dolares mensais seria um péssimo negócio a mudança ou a perda de privilegios e cargos. Essa classe média ridícula, egoista e alienada não permite escolas decentes, assistência medica de alguma qualidade ou segurança publica que não seja de achaque ao povo. Assim, não adianta nomear militares da reserva ou da ativa, figuras ainda derivadas da “revolução de 64” , pois o país é outro, enorme, indolente , pantagruélico e moralmente enfermo.O primeiro mês de governo já mostrará o duelo inicial no choque entre os dois mundos, um pretérito e o outro de futuro incerto.