quinta-feira, 6 de julho de 2017

FENOMENOLOGIA: O EQUIVOCADO TRATO COM ACUSAÇÕES DE CRIMES DE ORDEM SEXUALo caso laercio BBB





Enquanto estão sendo escritas essas linhas esse senhor de aparência intragável se encontra preso há mais de ano e meio. Sem julgamentos e questionamentos, o importante é salientar o anômalo poder que atualmente goza o judiciário como maquina de fácil agilidade em resposta à equivocada  mídia , e como sumidouro de vidas humanas quando se trata de questões de ordem sexual. Participante de um decadente programa televisivo onde pessoas de diversas idades, classes sociais e etnias se encontram confinados em por 90 dias uma casa em que a maioria dos brasileiros adorariam passar o resto de suas vidas, o cidadão da fotografia, de uma antipatia mastodôntica, notabilizou-se em falar disparates sobre suas preferencias sexuais com mulheres de tenra idade e entrar em rusgas com as beldades confinadas com ele, onde foi ofendido por diversas vezes quanto à idade , atitudes e odor corporal.
Retirado do programa devido ao curso normal do duvidoso e copiado jogo, Laercio de volta para a capital paranaense tem pouco tempo para usufruir sesu quinze minutos de fama, sabiamente previstas por Wandy Warholl na década de 70.
Logo envolvido em mexericos, denuncias de todo modo aleatórias e advindas de menores justamente pela repentina fama, em resposta quase imediata as autoridades policiais "especializadas",  respondendo pequeno maremoto de mexericos que se formou logo entabulou rapidíssimo  inquérito policial e pediu a prisão preventiva do aspirante a playboy.
Na sequencia, deferida a preventiva por um judiciário sempre preocupado em desnortear o publico com decisões as mais disparatadas, o cidadão é simplesmente executado em praça publica, sem nenhuma chance.
Levado de camburão com a devida cobertura midiática , logo depois o mesmo tem sua residência invadida, onde levam os computadores e objetos pessoais como provas , sendo que o acusado mora com sua mãe de 80 anos, sem ninguém se importar com o susto ou trauma da idosa , que alguns dias antes já havia  visto levarem seu filho.

O mais grave é que, já engolido por uma absurdamente ágil maquina repressora (que não age do mesmo modo em todos os outros tipos de crime) o antipático é simplesmente esquecido já por quase ano e meio nos presídios paranaenses , com sua prisao resistindo mesmo a habeas corpus em segundo grau de jurisdição.
Em suma, 400 longos dias se passaram sem que se saiba, protegido o Estado pelo “segredo de Justiça”  que nada beneficia o acusado, por quê  não se encontra condenado ou não se sabe a que ponto anda seu processo, ou mesmo se houve prova de algum estupro ou molestação de vulneráveis.
O que somente se sabe é que Laercio não será o mesmo homem que entrou na cadeia paranaense. Em nossos dias de total indiferença, o Estado pouco está ligando que o senhor que tinha um sorriso no rosto barbudo tornará a rir, pois aprendeu que o Estado, a uma simples queixa , pode esmaga-lo na unha como a uma pulga.

É necessária a revisão filosófica fenomenológica do trato com os crimes sexuais, posto que todos os acusados  são colocados na vala comum da bestialidade e tratados como criminosos culpados e execráveis, quando na maioria das vezes são pobres homens (e mulheres)  doentes e somente precisando de um pequeno tratamento, isso quando não são vitimas de pequenas e odiosas vinganças de ex-companheiras e esposas.
Exemplos cruéis já vem de décadas , como a hedionda ESCOLA DE BASE em São Paulo, onde um delegado carreirista e uma série de irresponsabilidades destruíram a vida de dois educadores, mãe e filho, com a mãe a morrer de tristeza e o filho a suicidar-se, mesmo quando foi provada a mentira das crianças.
Mesmo esses exemplos não servem para um judiciário estanque e insensível em cada Estado, que não se abala em lapidar práticas germânicas de opressão policial a um processo penal que beira as raias da mais absoluta loucura, onde a defesa tem a porta estreita de tal modo que mal se pode falar em detalhes sexuais e onde a vitima, mesmo criancinha entupida de remédios para distúrbios psíquicos, é tratada como a dona da mais absoluta verdade.
A situação de Laércio chegou ao ponto que os americanos chamam de “no return point”, posto que ficou de tal modo escabrosa que se for absolvido, o prisioneiro estará livre mas com a vida destruída e de impossível habitabilidade na capital paranaense,com a condenação previa do populacho sempre mal informado pela mídia que o suga, mesmo assim sem nenhuma retratação ou compensação estatal. Se for condenado, certamente o será por base em depoimentos e conjunto probatório inconsistente, mesmo assim a dezenas de anos de aprisionamento, por parte de um judiciário que solta genocidas sob a alegação de falta de provas, e por incrível que pareça passou menos tempo na cadeia que ele, apesar das toneladas de documentos e áudios das ordens de execução.

Tal situação não mais pode prosperar, e apesar de certeiras duvidas de que haverá mudanças no trato com crimes de ordem sexual nos Estados depois deste triste exemplo, Laercio não mais pode permanecer preso por mais de ano e meio apenas por ter sido um falastrão infantilóide, interessado em  jactar-se em relacionar-se com moçoilas e prazeres carnais do que no verdadeiro crescimento interior.E tome Terceiro Mundo...